06 março, 2011

O tempo fechou...






(...) E não foi o da meteorologia. O tempo que fechou foi esse espaço criado no momento em que você dissera que não lutaria mais por nós, que realmente não tínhamos mais jeito. Esse vazio no peito, essa angústia, essa vontade descontrolada de chorar vem do que a gente passou, de como terminou.
Me sinto como um balão que está prestes a explodir. Não posso demonstrar nada. Tento tirar você de mim, ainda que da minha mente, mas, de que adianta se é no coração que você insiste em permanecer? Me sinto uma idiota, uma tola. Não sei o que pensar de mim; juro não saber. Ter você ainda que sofrendo me faz bem, mas, ficar sem você é como se o tempo tivesse fechado e as únicas cores que eu consiga ver sejam: preto, branco e cinza.

Queria você aqui comigo pertinho, me apoiando, me dando conselhos. Será que é difícil pra você entender que eu te amo? Será que é difícil entender que palavra nenhuma vai explicar minha crise de choro naquele dia? Será que tudo o que eu fiz até hoje foi pouco? Será? Essa incerteza me corrói os membros. Fico sem forças, mas, o nó ainda está aqui na minha garganta. Sinto uma vontade de gritar, mas, já não me restam voz  e nem palavras. Nada do que eu fizer vai chamar sua atenção a olhar pra mim e perceber que sem ti, não sou nada; que sem ti, não passo de mais um ser humano.

É estranho... Tudo é estranho quando você não está aqui. Tudo me lembra você; tudo! Falar que estou solteira me dá dor no peito e com ela a dor da perda. Não! Eu não aceito te perder, mesmo! Sei que nossa história não termina aqui. Você me desmonta, me deixa atônita. Sem se esforçar muito, consegue trazer todo o sentimento que procurei esconder pra evitar sofrimento, à tona. Perco a cabeça, me deixo levar, choro, choro, sofro. É, eu sofro; sofro sua ausência. Sofro por não ter você aqui do meu lado, por não saber como você está de verdade. Sofro por não saber se realmente você ainda me quer e só ter dito aquilo em momento de indecisão. Sofro ainda a falta das tuas risadas bobas.

Já não sei pra onde ir, o que pensar ou o que fazer. Você que de repente era meu mundo, agora é meu passado. Como lidar com isso? É muita dor que carrego aqui no peito. Às vezes não suporto e me deito nas lágrimas. Fico pensando se essa minha luta vale a pena. Será que vale? Será? Preciso tanto de você. E cadê você? Você foi embora e eu fiquei. E a solidão se torna minha eterna companheira...

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