16 fevereiro, 2012

Bem-vinda à vida!





O sutiã que segura teus seios que aos teus filhos deram força, deu segurança. Esse peito que segurava toda a carga do mundo durante as lutas pela sobrevivência prendia a amargura pelas dores que sofreu na vida, pelas vezes em que se pôs a fazer papéis inimagináveis. Quando não se podia falar, calou-se e ouviu a própria voz. Sua experiência foi trazida à duras penas em que o futuro era incerto e que olhar para trás, apenas traria atraso.
O relógio bate às 6:00 e você já está de pé. A correria do dia a dia te traz peso, cansaço e inércia às novidades fúteis desse mundo. O desinteresse pela vaidade e pela vida é tomada por um cinza amargo e os olhos perdem o brilho. Tudo o que você pede é água. E que seja água pura. Que dela venha pureza, que seja cristalina, que traga a paz que a vida te tomou num puxão. Que a vida venha regada de felicidade e que não deixe a esperança se esvair como água na torneira.
Dos pés à cabeça vem um calafrio. Traz medo e ainda assim, não existe a possibilidade de parar. As horas se passam e você corre contra o relógio com ferocidade. E então a essa hora, o mundo se ergue a seu favor e te indica qual caminho menos árduo a seguir.  Aquele caminho em que mesmo cansada, você segue sem mais problemas e conclui os fatos e tarefas que a vida te deu.
No fim do dia, a cama macia te chama a se deitar nela. Cria para você uma visão de harmonia espiritual em geral. Ao deitar você põe a cabeça e o corpo relaxados para uma nova jornada diária de lutas e conquistas. Mulher brasileira, mãe, filha, lutadora por ideais, jovial ou nem tanto: o mundo é apenas um mundo quando a esperança de um dia melhor surge e os bons hábitos, reiniciam seu processo natural de boa educação e cordialidade. Bem-vinda à vida!


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